“A fé deve ser repensada e vivida” D. Rino Fisichella, no “L'Osservatore Romano”

2012-08-07 Rádio Vaticana

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Sempre a propósito do Ano da Fé, interveio com um artigo no "L'Osservatore Romano” o presidente do Conselho Pontifício para Promoção da Nova Evangelização, sublinhando a necessidade de uma renovada preocupação dos crentes em apresentar os fundamentos daquilo em que acreditam. “A fé deve ser repensada e vivida”, escreve o arcebispo Rino Fisichella.
Para este responsável, a iniciativa deve fazer “sobressair a grandeza do crer” e pôr em evidência “os motivos” pelos quais se acredita. O arcebispo italiano sustenta que nas últimas décadas, “este tema não foi proposto na teologia nem, por conseguinte, na catequese”. “Sem uma reflexão teológica sólida, que seja capaz de produzir as razões do crer, a escolha do crente não será tal. Ela limita-se a uma repetição cansada de fórmulas ou de celebrações, mas não acarreta consigo a força da convicção”, alerta.
D. Rino Fisichella admite que se não pode falar de fé como se “se tratasse de fórmulas químicas aprendidas de cor”. “No entanto, quando falta a força da escolha sustentada por um confronto com a verdade sobre a própria vida, tudo se fragmenta”, acrescenta.
O presidente do Conselho Pontifício para a Nova Evangelização defende que a força da fé é “alegria de um encontro com a pessoa viva de Jesus Cristo que muda e transforma a vida” e que o “saber explicar isso permite aos fiéis serem novos evangelizadores num mundo que se transforma”. “O mundo de hoje tem fome de testemunhas. Sente necessidade vital delas, porque procura coerência e lealdade”, observa ainda D. Rino Fisichella, que conclui: “uma fé que traz consigo as razões do coração é mais convincente, porque tem a força da credibilidade”.
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O Ano da Fé, convocado por Bento XVI, vai iniciar-se no dia em que comemora o cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II (1962-1965) e o 20.º aniversário da publicação do Catecismo da Igreja Católica